Hoje tem outras edições, este me foi
apresentado no sebo... Nem éra o livro que eu procurava... Mas também não foi
por acaso, ainda que este muitas vezes tenha papel fundamental no processo. “impresso
no Brasil – Outono de 1984” Nenhuma dedicatória (o que também gosto nos livros
de sebo), apenas uma assinatura datada 07/84. O que significa apenas, que
alguém leu no inverno...
Ainda que hoje exista novas vertentes, este livro é parte
da biblioteca básica de quem se interessa pelo tema. Woodcock dá um panorama da
história do anarquismo, mostrando como foi o movimento principalmente na França,
Espanha, Itália e Rússia; relatando brevemente nos E.U.A, sobre a colônia Nova
Harmonia e colônia Utopia. A todo tempo correlaciona as principais influências:
Kropotkin, Bakunin, Proudhon e outros mais influentes em determinados países e
situações históricas. Uma verdadeira viagem no tempo.
Sobre
a América Latina apenas esboça, e coloca uma ligação destes durante o século
XIX com Espanha e Portugal por condições sociais semelhantes, o que favoreceu a
difusão dos ideais anarquistas, principalmente por espanhóis, embora italianos
também tenham desempenhado este papel mais fortemente na Argentina.
Por
aqui cita a organização de artesãos e operários de indústria até o começo da
década de 20 seguindo organização anarco-sindicalista.Fala também da colônia
Cecília no capítulo referente a Itália.
Por
vezes a leitura torna-se cansativa por conter muitas informações históricas nos
diferentes países com suas peculiaridades anarquistas, mas de jeito nenhum fica
desinteressante por este fato.
Trechos
“...As causas perdidas podem ser as melhores- e normalmente são-, mas uma vez
perdidas jamais voltarão a triunfar. E isso provavelmente é tudo que têm ao seu
favor. Pois as causas são como os homens, e deveríamos permitir que morressem
tranquilamente, para que o lugar por ela deixado fossem ocupados por novos
movimentos que, talvez, viesses aprender tanto com suas virtudes quanto com
suas fraquezas...”
“...Olhe
nas profundezas de seu próprio ser”, disse Peter Arshinov, o amigo de Makhno. “
Busque a verdade e compreende-a por si mesmo. Ela não se encontra em nenhuma
outra parte.” Nessa insistência em que a liberdade e a auto realização moral
são interdependentes, e pois, uma não pode viver sem a outra, repousa o
princípio fundamental do autêntico anarquismo...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário