sábado, 15 de outubro de 2011

Anarquismo - Uma história das idéias e movimentos libertários Vol 2 O movimento George Woodcock


 Hoje tem outras edições, este me foi apresentado no sebo... Nem éra o livro que eu procurava... Mas também não foi por acaso, ainda que este muitas vezes tenha papel fundamental no processo. “impresso no Brasil – Outono de 1984” Nenhuma dedicatória (o que também gosto nos livros de sebo), apenas uma assinatura datada 07/84. O que significa apenas, que alguém leu no inverno...

Ainda que hoje exista novas vertentes, este livro é parte da biblioteca básica de quem se interessa pelo tema. Woodcock dá um panorama da história do anarquismo, mostrando como foi o movimento principalmente na França, Espanha, Itália e Rússia; relatando brevemente nos E.U.A, sobre a colônia Nova Harmonia e colônia Utopia. A todo tempo correlaciona as principais influências: Kropotkin, Bakunin, Proudhon e outros mais influentes em determinados países e situações históricas. Uma verdadeira viagem no tempo.

Sobre a América Latina apenas esboça, e coloca uma ligação destes durante o século XIX com Espanha e Portugal por condições sociais semelhantes, o que favoreceu a difusão dos ideais anarquistas, principalmente por espanhóis, embora italianos também tenham desempenhado este papel mais fortemente na Argentina.
Por aqui cita a organização de artesãos e operários de indústria até o começo da década de 20 seguindo organização anarco-sindicalista.Fala também da colônia Cecília no capítulo referente a Itália.
Por vezes a leitura torna-se cansativa por conter muitas informações históricas nos diferentes países com suas peculiaridades anarquistas, mas de jeito nenhum fica desinteressante por este fato.

Trechos “...As causas perdidas podem ser as melhores- e normalmente são-, mas uma vez perdidas jamais voltarão a triunfar. E isso provavelmente é tudo que têm ao seu favor. Pois as causas são como os homens, e deveríamos permitir que morressem tranquilamente, para que o lugar por ela deixado fossem ocupados por novos movimentos que, talvez, viesses aprender tanto com suas virtudes quanto com suas fraquezas...”

“...Olhe nas profundezas de seu próprio ser”, disse Peter Arshinov, o amigo de Makhno. “ Busque a verdade e compreende-a por si mesmo. Ela não se encontra em nenhuma outra parte.” Nessa insistência em que a liberdade e a auto realização moral são interdependentes, e pois, uma não pode viver sem a outra, repousa o princípio fundamental do autêntico anarquismo...”

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