quarta-feira, 18 de maio de 2011

Da criação ao roteiro



Autor: Doc Comparato



Segunda Edição

É um livro fundamental pra quem pretende desenvolver roteiros. Assim segue parte da apresentação:
“... Trata-se, portanto, de um livro irrecusavelmente didático, voltado em primeiro lugar para os principiantes. Mas o caráter pedagógico não inibe a viveza da expressão, que sabe incorporar, quando necessário, o tecnicismo insubstituível.
A matéria está distribuída por dez capítulos que focalizam desde a idéia aos primeiros apontamentos até o roteiro em sua forma final, passando por tópicos como conflito, a personagem, ação, tempo e unidade dramáticas. Todos os capítulos começam por um texto reflexivo sobre o assunto em pauta e terminam por uma recapitulação ordenada da explanação e uma proposta de exercícios práticos que visam testar a apreensão e compreensão dos conteúdos...”

O capítulo primeiro tem início com um trecho de A. Chekov:

“Conselho aos dramaturgos...tente ser original na sua obra e tão diligente quanto lhe for possível, mas não tenha medo de se mostrar pateta. Devemos ter liberdade de pensamento e só é um pensador emancipado aquele que não tem medo de escrever patetices. (...) a brevidade é irmã do talento. Lembre-se, a propósito, de que declarações de amor, de infidelidades de maridos e esposas, viúvos, órfãs e outras desditas vêm sendo descritas desde há muito. (...)e o principal é que o pai e a mãe devem comer. Escreva. As moscas purificam o ar, e as obras, a moral.”

Particularmente achei a leitura bastante interessante e didática. O livro é finalizado com pósfacio de outros roteiristas onde Jonathan Gelabert coloca com humor uma “prevenção” às dez máximas que o jovem roteirista ouvirá nos seus primeiros anos de profissão: Aí vão elas, sem os comentários.

1” -Pago menos, porque você não é ninguém”
2- “Esta perfeito, mas...”
3“Tenho nas mãos algo sensacional. Por que não...?”
1- “Eu mesmo faria, mas não tenho tempo.”
2- “Você está começando, tenha um pouco de paciência”
3- “É que vocês, os escritores...”
4- “Eu, na verdade, não sei o que faço aqui.”
5- “Esta idéia era minha.
6- ”Como é que alguém conseguiu um subsídio pra fazer isso?”
7- “O ator deve dizê-lo, de qualquer maneira.”

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