quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O PENSAMENTO VIVO DE SCHOPENHAUER


O pensamento vivo de Schopenhauer
Autor: Thomaz Mann

Motivo da leitura: Recomendação fundamental de Antunes Filho, contudo, adianto que não é suficiente concluir algumas leituras com o propósito de passar no cptzinho. Ou seja, fundamental? Tá. Mas, gostaria de saber como é utilizada esta e outras leituras sugeridas na prática teatral. Faltou ficar entre os 120. Não foi desta vez, não foi este ano...
Parei de ler o livro por duas vezes, comecei em MG, terminei em SP.Se paro, começo novamente. “Neurose”.
Comprei no sebo, R$15,00 aos pedaços, páginas grossas, imagens de alguns pops, dentre eles, Kant e um poodle. “Ao Cícero uma recordação do Sá” 12/11/53” Gosto quando vem com dedicatórias pra pessoas que nem sei quem foram ou se estão vivas, perco um tempo só imaginando quem foram e em que contexto receberam o livro... “falta de serviço!” diria um amigo meu. Pode ser...

Thomaz Mann faz um resumo explicativo da construção do pensamento de Schopenhauer caracterizando-o como humanismo pessimista. Sob alguns aspectos faz relação com Platão(cruiz crédo) e Kant.
Coloca a vontade como causa primeira e irredutível do ser, o querer viver; não como desejável, mas como impulso (por aí percebe-se a influência na psicologia freudiana) A inteligência é seu instrumento.
Olha que bonita e inspiradora esta frase pra vida: “ A vontade é em si mesma uma infelicidade fundamental, é insatisfação, esforço em vista de algo...e um mundo de vontade outra coisa não pode ser senão um mundo de sofrimento” Qualquer semelhança com o Budismo não é mera coincidência.
E claro, não poderia parar por aí. Da vocação para o sofrimento resultam duas grandes possibilidades que o humanismo de Schopenhauer determina ao homem: A arte e a santidade.
A priori o que me interessa é a arte, se bem que... pensando agora... talvez passar um tempo num mosteiro não exija estar entre tantas pessoas pra poucas vagas...
Deixa pra lá. O artista tem como missão “ papel mediador nas encantações herméticas entre o mundo o alto e o mundo de baixo, entre a idéia e o fenômeno, entre o espírito e a sensualidade...” Uma das bênçãos da arte é que o conhecimento se separa violentamente da vontade- estado estético. O prazer estético seria “representação” livre do querer.

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