quinta-feira, 27 de maio de 2010

Velentin



Dirigido por: Alejandro Agresti
Produzido por: Julio Fernández, Thierry Forte, Laurens Geels, Massimo Vigliar, Pablo Wisznia
Gênero: Drama
Tempo: 86 min.
Lançamento: 2002

Assisti dias atrás...Sem paciência pra resumo, resenha, ou como dizem em alguns lugares de MG, "resenhar" sobre a vida de Valentin. Simplesmente é uma indicação pra um dia qualquer que você queira ficar em casa e ter mais o que fazer. Não vale a pena que fique apenas às moscas.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Panóptico


Relembrando:

O Panóptico (...) tem seu principio não tanto numa pessoa como numa certa distribuição concertada dos corpos, das superfícies, das luzes, dos olhares; numa aparelhagem cujos mecanismos internos, produzem a relação na qual se encontram presos os indivíduos (...) Pouco importa, consequentemente, quem exerce o poder. Um indivíduo qualquer, quase tomado ao acaso, pode fazer funcionar a máquina: na falta do director, sua família, os que o cercam, seus amigos, suas visitas, até seus criados (...) Quanto mais numerosos esses observadores anónimos e passageiros, tanto mais aumentam para o prisioneiro o risco de ser surpreendido e a consciência inquieta de ser observado.

Foucault, (1997), pag:167

Quem está submetido a um campo de visibilidade, e sabe disso, retoma por sua conta as limitações do poder; fá-las funcionar espontaneamente sobre si mesmos; inscreve em si a relação de poder na qual ele desempenha simultaneamente os dois papeis: torna-se o princípio da sua própria sujeição.

Foucault, (1997), pag:168

terça-feira, 18 de maio de 2010

Hieronymus Bosch


1450-1516

Influência para o surrealismo...

Jan Van Eyck











O Casal








Simbolismo




Primeiro pintor que acrescenta óleo

Gótico



Período medieval-renascimento



Giotto di Bondone

domingo, 9 de maio de 2010

A liberdade do corpo - soma, capoeira angola e anarquismo


Porquê da leitura:Este ano ganhei um irmão angoleiro, sua namorada, pessoa linda por dentro e por fora, chegou lá em casa com o livro com este livro.

Minha leitura no momento era"O pensamento vivo de Schopenhauer" que lido vagarosamente, reflexivamente todas as noites estava me causando reações adversas, sintomas claramente depressivos, então, decidi por temporária suspensão e substituição ver como está a capoeira angola hoje na soma.

Em 1993 assisti uma palestra sobre o Roberto Freire referente a Somaterapia anarquista e fugi da possível prática da Soma por me achar "velha" demais com 16 anos pra isto, e o palestrante ter colocado como certa "condição obrigatória" que senti paradoxal na época como única via pra que os desbloqueios reicheanos ocorressem. Desta época pra cá, em diferentes momentos da vida li três dos seus livros.

Desde que soube como era de fato, achei a capoeira angola bonita demais e é interessante saber da sua utilização como instrumento terapêutico libertário atualmente, uma vez que me senti como que saído de meditação após jogar ludicamente, no meu tempo de corpo com o grupo que se formou aqui.


O autor resgata, na medida do possível, o período da escravidão, emergência dos quilombos, hipóteses do surgimento da capoeira, suas transformações e reflexos hoje.
Discorre sobre instinto de irritabilidade animal, agressividade e afetividade, frisando a necessidade de serem exercidos naturalmente e de forma satisfatória.

Passa pela contribuição de Jung, Perls e principalmente Reich à psicanálise.Este último procura mais as relações entre a sociedade e o indivíduo na produção da neurose, assim como suas reações corporais.

João da Mata explica a técnica terapêutica da Soma que associa a pedagogia libertária à prática da terapia, buscando uma relação entre a problemática emocional e suas correspondências políticas; referindo-se a política enquanto jogos e conflitos de poder prioritariamente no plano microsocial das relações cotidianas.

A capoeira auxilia no processo da Soma enquanto forma de lidar com a agressividade, enfrentamento, equivalente orgástico, leitura corporal, criatividade, improvisação, originalidade e conscientização corporal.
O autor finaliza com algumas contribuições libertárias atuais de Foucault, pontua a ideologia anarquista e traz o universo cultural da angola pela formação do mestre Pastinha.

Trechos:
" O negro precisava rebelar-se contra a escravidão que limitava sua liberdade e lhe roubava a condição de ser humano. Toda vez que for retirada a possibilidade de ser livre o homem vai reagir. Primeiro, por uma condição biológica, pelo instinto de irritabilidade animal e o da preservação da espécie. Depois, pela percepção de que é impossível viver sem liberdade..."

"O ponto seguinte é a ausência de violência: na capoeira angola os jogos são essencialmente isso:jogos.Pretende-se atingir o adversário com alguns golpes e evitar que ele nos alcance, mas a angola bem feita, jogadas por mestres e alunos adientados, a luta, (no sentido de atingir o adversário) está sempre, inseparavelmente misturada ao jogo..."

" A capoeira, antes do processo de insttitucionalização, que a transformou mais em esporte do que em arte, preserva-se culturalmente pela tranmissão oral do conhecimento.Literalmente, aprendia-se fazendo, praticando e participando de seus rituais..."

" No início do século XX Reich afirma: os casamento desmoronam em consequência das discrepâncias sempre intensificadas entre as necessidades sexuais e as condições econômicas. As necessidades sexuais podem ser satisfeitas com um e um mesmo parceiro durante algum tempo.Por outro lado, o vínculo econômico, a exigência moralística e o hábito humanofavorecem a permanência da relação matrimonial. Isso resulta na infelicidade do casamento..."


" O anarquismo não é um modelo, um padrão a ser seguido. Apesar de defender princípios básicos e gerais, os vários anarquismos correspondem à diversidade entre os homens. " São diferentes rios que estão em paralelo, mas que vão desaguar no mesmo mar...""

"...segue o corrido:

Esta cobra me morde
Sinhô São Bento

Oi o Bote da cobra
Sinhô São Bento

Oi a cobra mordeu
Sinhô São Bento

O veneno da cobra
Sinhô são Bento...